domingo, 29 de maio de 2011

Mônaco - 2011

  

   Foi a melhor corrida em pista seca de Mônaco que eu vi nos últimos dez anos. Inúmeras ultrapassagens, alguns acidentes e novos talentos destacando-se nas curvas do principado.
   Dessa vez a asa móvel não foi a a maior facilitadora das ultrapassagens. Foram os diferentes compostos de pneus e suas estratégias que proporcionaram a movimentação. Talvez somente a ultrapassagem de Hamilton sobre Schumacher possa ser depositada na conta das asas.
   Falando em Hamilton, o inglês foi o animador da festa. Além da bela ultrapassagem sobre Schummy, tocou Felipe Massa e causou o acidente do brasileiro no túnel. Já no final, mandou Maldonado para o muro e também sacou o venezuelano da corrida, tirando assim os primeiros pontos de Pastor na Formula 1. Se sou o Maldonado, acertava um murro na cara do Hamilton. Hugo Chavez fará um discurso de 14 horas preguejando contra o capitalismo inglês dominador que empurra o proletariado bolivariano para os muros monegascos burgueses.
   Vettel venceu mais uma, com Alonso em segundo e Button em terceiro. A bandeira vermelha para atendimento médico de Petrov ajudou Vettel, mas mesmo assim ainda tenho dúvidas se Alonso conseguiria passar o alemão, mesmo em ritmo normal de corrida. Button tinha tudo para ganhar em Mônaco, mas a McLaren borrou-se na estratégia e fez duas paradas a mais que Vettel. Weber chegou em quarto.
   Barrichello e a Williams marcaram seus primeiros pontos no ano, mais pelos acidentes à sua frente do que por eficiência do conjunto.
   Kobayashi fez uma corrida brilhante, chegando em quinto com louvor e méritos. O japa é o cara.
   Adrian Sutil confirmou que sabe correr muito bem em Mônaco e chegou em sétimo.
   Decepções foram as Mercedes e, novamente, Felipe Massa. Schumacher e Rosberg sofreram muito com o alto desgaste de pneus e não pontuaram. Já Massa, pode ter a desculpa de ter quebrado a asa dianteira quando Hamilton empurrou a Ferrari contra a traseira de Weber, mas não mostrou em nenhum momento da corrida a agressividade que se espera dele. Felipe segue mal na pista e nos bastidores.

sábado, 28 de maio de 2011

Mesmo lugar. Mesma Sauber.

  

   Em uma daquelas incríveis coincidências que acontecem na Formula-1, o acidente de Sergio Perez repetiu hoje a pancada que Karl Wendlinger deu no mesmo local, com a mesma Sauber, 17 anos atrás.
   Felizmente o muro do final da reta do túnel de Monte Carlo não é o mesmo daquela época. A área de escape foi aumentada e muito bem protegida por softwall. Graças a isso o mexicano teve destino melhor que Wendlinger. Assim como Perez, o suiço era uma grande promessa e até voltou a correr após o acidente, mas nunca mais conseguiu resultados significativos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Raul Boesel na F1

  
   O curitibano Boesel correu em apenas duas temporadas da Formula 1. Foi uma curta, mas intensa participação.
   No ano de estréia, em 1982, pilotou uma March e nos treinos para o GP do Canadá protagonizou uma ridícula cena de pancadaria com o compatriota Chico Serra. Nessa mesma corrida também se envolveu no acidente que vitimou fatalmente o italiano Riccardo Paletti.




   Em 1983, já na Ligier, teve seu melhor resultado, sendo sétimo colocado em Long Beach. Em 1987 conquistou o maior título, de campeão mundial de protótipos com a Jaguar.


Ave Rara - Reliant, o incrível carro com três rodas



  Quando eu era recém-chegado na Inglaterra, ainda deslumbrado com tanto Jaguar, Rolls-Royce, Lambo e Mini rodando pelas ruas, teve um carro que me surpreendeu. Na primeira vez que o vi, ele passou rápido demais e pensei ter enxergado mal. Dias depois surgiu mais um e pude ver que realmente minha vista não falhou e a máquina só tinha três rodas. Era o Reliant.

   Na parte central de Londres é difícil de encontrar algum mas, quando se afasta para o interior, essa espécime pode ser facilmente avistada, geralmente trabalhando duro no transporte de mercadorias ou ferramentas.

    Alguém sabe se há algum desse no Brasil?

sábado, 14 de maio de 2011

Stefan Johansson e o veado desgovernado

   Em Zeltweg, durante o treino classificatório para o GP da Áustria de 1987, o sueco Stefan Johansson simplesmente encontrou à frente da sua McLaren um cervo cruzando a pista.
   Repare que o estrago nas rodas do carro foi grande, mas no pobre cervídeo foi pior.
   Acidente semelhante sofreu Cristiano da Matta na F-Indy, mas muito mais grave, já que o animal atingiu seu capacete, causando sérios traumas.