Muito bacana o redescobrimento de Nelson Piquet por parte da imprensa e do público brasileiro. Nosso único tricampeão vivo está pipocando na internet, TV e mídia impressa. É uma espécie de reconhecimento tardio para um dos grandes gênios da história do automobilismo mundial.
Piquet já era tri quando Senna ganhou seu primeiro campeonato. A ascensão de Ayrton, somada com seu perfil simpático de bom moço, sombrearam injustamente a imagem de Piquet. O auge da audiência brasileira da F1 foi durante as campanhas de Senna, justamente um período em que Piquet sofria pilotando a Lotus Camelo e uma Benetton em desenvolvimento.
Faz 22 anos que Piquet despediu-se da F1 e uma geração inteira só pode vê-lo pelos vídeos do YouTube. Surgiu uma richa ridícula entre Sennistas x Piquetistas. A famosa aversão à badalação da imprensa. Tudo contribuiu para que boa parte dos brasileiros criassem certa antipatia pelo Nelsão.
Até que surgiu o episódio da burrada que seu filho Nelsinho fez em Singapura. O pai foi para a TV defender a cria e o público sensibilizou-se com a cena. Depois, veio a antológica volta em Interlagos pilotando a Brabham de 1981, empunhando a bandeira do Vasco. A idade amenizou um pouco o seu mau-humor e a falta de papas na língua virou cult.
Ultimamente Piquet apareceu com Mansell na campanha comercial no Novo Fusion, cativando o grande público das redes sociais. Está na capa da revista Alfa. Dá estrevistas divertidíssimas para a TV. Piquet está na moda. Na falta de ídolos atuais, o Brasil ganhou um novo tricampeão