A temporada mal começou e já teve uma parada de 3 semanas. Esse período é bom para fazer um balanço das duas corridas iniciais. E tudo pode mudar, pois é um tempo razoável para as equipes corrigirem as falhas que surgiram na estréia.
Dentre as equipes que lutam por vitórias, talvez a maior mudança tenha sido a saída da McLaren desse seleto grupo. Red Bull, Ferrari, Lotus e Mercedes continuam dominando a frente no comboio.
Um pouco abaixo na hierarquia, quem teve uma promoção foi a Force India. Logo atrás seguem McLaren, Sauber e Toro Rosso.
O grupo da rabeira teve a inclusão da Williams, fazendo companhia à Marussia e Caterham.
A ordem abaixo segue a hierarquia das forças demonstradas até o momento.
Red Bull: Na Austrália não empologou muito. Webber se complicou na largada e Vettel não conseguiu acompanhar Kimi e Alonso. Já na Malásia fez dobradinha, mas criou a maior polêmica da temporada, quando Vettel ultrapassou Webber em uma atitude não muito honesta.
O conjunto continua forte, mas incompatibilidade de gênios dos seus pilotos pode trazer consequências.
Ferrari: Massa começou a temporada demonstrando uma força incomum ao seu histórico recente. Largou na frente de Alonso e pontuou nas duas corridas. Na Austrália, o espanhol só passou o brasileiro em uma manobra suspeita nos pit-stops. Na Malásia, Alonso saiu na segunda volta, vítima de um otimismo exagerado da equipe em mantê-lo fora dos boxes com um spoiler pendurado.
A dúvida é até quando Alonso levará na esportiva o fato de estar passando por um momento pior que seu companheiro de equipe. A Ferrari começou o ano muito mais equilibrada que nas temporadas anteriores.
Mercedes: A equipe que empolgou na pré-temporada não causou boa impressão em Melbourne, enfrentando problemas com consumo de pneus. Já em Sepang mostrou ritmo forte, terminando em terceiro e quarto. Hamilton mostrou talento e Rosberg confirmou que é subestimado por muitos.
O carro é veloz, mas a equipe terá que definir quem é o primeiro piloto. Ross Brawn é inglês, assim como Hamilton. Só não lhe avisaram que Rosberg é alemão, assim como a Mercedes.
Lotus: Kimi empolgou logo de cara, vencendo na Austrália de maneira tranquila. Em Sepang todos esperavam a confirmação desse rendimento, mas o desempenho foi frustrante, com Grosjean em sexto e Kimi em sétimo.
A dúvida paira. Qual a verdadeira Lotus? A empolgante de Melbourne ou a mediana de Sepang. Respostas na China.
McLaren: A maior decepção do início do ano. A pré-temporada foi boa, mas quando começou pra valer, o carro mostrou-se lento. Button e Perez estão tirando leite de pedra. Cogitou-se até a trazer o modelo do ano passado.
O histórico da McLaren mostra que irá conseguir melhorar o carro, mas dificilmente lutará pelo título.
Force India: Surpreendente em Melbourne, pífia em Sepang. Adrian Sutil retornou em grande estilo e deu trabalho para as grandes equipes na Austrália. O carro mostrou-se muito veloz e o ano sabático parece ter feito bem ao alemão. Já na Malásia houve um entranho problema nas porcas das rodas dos seus dois carros, que os obrigaram a abandonar a corrida.
Apesar dos problemas, a equipe hindu causou boa impressão e pode incomodar as grandes em 2013.
Sauber: A equipe suiça trocou seus dois pilotos para esse ano. Hulkemberg mostrou que está acima da média e travou belas disputas em Sepang, com Grosjean, Kimi e Perez. O novato Gutierrez teve um começo mais discreto e ainda precisa mostrar trabalho.
O ano passado foi muito bom para a Sauber, com Perez e Kobayashi alcançando podiums. Não acredito que repetirá o sucesso em 2013.
Toro Rosso: Ricciardo e Vergne não empolgaram no ano passado, e conseguiram ficar ainda piores agora. O carro é lento e as equipes nanicas se aproximaram.
Sempre surgem rumores da venda da equipe, ex-Minardi. Talvez tenha chegado a hora.
Williams: A tradicional equipe, que conseguiu uma vitória ano passado, com Maldonado, parece ter perdido o rumo. O carro é instável e sua dupla de pilotos não ajuda.
Cada vez mais a Williams aproxima-se das equipes pequenas e seu nome já não é capaz de atrair patrocinadores.
Marussia: Com a extinção da HRT, apostou-se que a Marussia assumiria o posto de pior equipe do grid. Ledo engano. Na pré-temporada os tempos já foram próximos aos da Caterham. Nas duas primeiras corridas chamou atenção pelo brilhante desempenho do francês Jules Bianchi, uma grata promessa.
Ano passado a Marussia perdeu milhões de dólares por ter chegado atrás da Caterham no último GP, no Brasil. Esse parece ser o ano da vingança, e o de Bianchi também.
Caterham: Sempre espera-se mais da equipe de Tony Fernandes. Em 2011 tinha um bom carro, mas o motor Cosworth não empurrava nada. Em 2012 tinha o motor Renault, mas o carro não ajudava. Para esse ano conseguiu piorar e tem ficado atrás da Marussia.