segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Lançamento 2015 - Lotus

 

  Hoje foi o dia da Lotus mostrar seu carro, ou o projeto dele. Novamente houve apenas uma demonstração virtual daquele que deve ser o novo saco de pancadas para Maldonado e Grosjean. O carro de verdade está bem longe de ser realidade.

   Na verdade, havia expectativa somente para ver a pintura e o bico. A Lotus de tantas glórias passadas, que já faliu, já ressuscitou, já foi da Malásia, que reviveu vitórias com Kimi Raikkonen, voltou a estar na curva de baixo.

   Bem verdade que o motor Renault se mostrou uma chaleira no ano passado, mas isso não é desculpa, pois Ricciardo venceu três vezes com o propulsor francês. Nitidamente o grande problema da equipe continua sendo a falta de dinheiro. É público e notório que a Lotus deve até para o padeiro da esquina. O dinheiro trazido pelos petro-bolivarianos da PDVSA, que garantem uma vaga para Maldonado, não chegam perto de refrescar as finanças do time. O patrocínio da Total, apoiadora de Grosjean, sumiu do carro. O da Rexona mudou-se para a Williams. O horizonte é sombrio.

   Uma boa notícia é que o bico não tem mais aquele ridículo desenho de tomada do ano passado. Segue um desenho mais tradicional.. A pintura preta e dourada ainda faz a alegria dos saudosistas, apesar das manchas vermelhas poluírem o visual. O motor agora é Mercedes, o que traz um fio de esperança para o simpático e falido time de Enstone.

   Ano passado a Lotus terminou em oitavo lugar um campeonato de construtores que só tinha 11 equipes. E não é nenhum mérito marcar mais pontos que Marussia, Sauber e Caterham. Acredito que o propulsor alemão faça Grosjean e Maldonado andarem mais rápidos em 2015. O problema é que o combustível que move o mundo não é venezuelano nem francês. É o dinheiro.

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